Quando João escreveu o livro de Apocalipse, a Babilônia
- como uma cidade - já havia sido destruída e deixada em ruínas, como
os profetas do Velho 'testamento haviam predito (Isaías 13:19-22; Jer.
Sl-52). Mas, embora a cidade de Babilônia tenha sido destruída, os
conceitos religiosos e costumes que se originaram na Babilônia
continuaram e foram bem representados em muitas nações do mundo. Então,
qual foi a religião da antiga Babilônia? Como começou tudo isto? Que
significado ela traz para os tempos modernos? Como tudo isto se encaixa
com o que João escreveu no livro de Apocalipse?
Voltando as páginas do tempo para o período um pouco antes do dilúvio,
os homens começaram a migrar desde o Oriente, “e aconteceu que, partindo
eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali”
(Gn. ll:2). Foi nesta terra de Sinar que a cidade de Babilônia foi edificada e esta terra tornou-se conhecida como Babilônia ou mais tarde como Mesopotâmia.
Aqui o Eufrates e o Tigre depositaram ricas porções de terra que podia
produzir safras em abundância. Mas, havia certos problemas que o povo
encarava. Uma deles era o fato que a terra era percorrida constantemente
por animais selvagens que eram uma ameaça constante para a segurança e a
paz dos habitantes ( Êxodo 23:29,30). Obviamente qualquer um que
pudesse, com sucesso, fornecer proteção desses animais selvagens,
receberia grande aclamação por parte do povo.
Foi a esta altura dos acontecimentos, que um homem enorme, poderoso,
chamado Nimrode, apareceu em cena. Ele se tornou poderoso, um poderoso
caçador contra os animais selvagens. A Bíblia nos diz: “E Cusi gerou a
Nimrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso
CAÇADOR diante do Senhor" (Gn. l0:8,9).
Aparentemente o sucesso de Nimrode como poderoso caçador fez com que ele
se tornasse famoso entre aquelas pessoas primitivas. Ele se tornou “um
poderoso” na terra - um líder famoso nos negócios do mundo. Ganhando
este prestígio, esquematizou um melhor meio de proteção. Em lugar de
combater constantemente os animais selvagens, por que não organizar as
pessoas em cidades e circundá-las com paredes de proteção? Em seguida,
por que não organizar estas cidades em um reino? Evidentemente este foi o
pensamento de Nimrode, pois a Bíblia nos diz que ele organizou tal
reino. “E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e
Calné, na terra de Sinar” (Gn. l0:lO). O reino de Nimrode é o primeiro
mencionado na Bíblia.
Sejam quais forem os melhoramentos que tenham sido feitos por Nimrode,
devem ter sido bons e corretos, mas Nimrode foi um governante iníquo. O
nome Nimrode vem de marad e significa, “ele se rebelou” A expressão que
ele foi um poderoso “diante do Senhor pode trazer um significado hostil a
palavra “diante” sendo algumas vezes utilizada como significando
“contra” o Senhor. A Jewish Encyclopedia diz que Nimrode foi “aquele que
fez todo o povo rebelar-se contra Deus.”
Nimrode que os excitou a tal afronta e contenda contra Deus ...Ele
também gradualmente mudou o governo, levando-o à tirania, não vendo
qualquer outra maneira de desviar os homens do temor de Deus ... as
multidões estavam muito prontas a seguir as determinações de Nimrode... e
eles construíram uma torre, não medindo sofrimentos, nem sendo em
nenhum grau negligentes a respeito da obra: e, por razão da multidão de
mãos empregadas nela, ela cresceu, ficando muito alta ... O lugar onde
eles edificaram a torre é agora chama do Babilônia.”
Baseando suas conclusões em informações que nos tem vindo através da
História, das lendas e da mitologia, Alexander Hislop tem descrito com
detalhes como a religião babilônica desenvolveu-se em torno de tradições
concernentes a Nimrode, sua esposa Semiramis, e seu filho Tamuz. Quando
Nimrode morreu, de acordo com as antigas narrativas, seu corpo foi
cortado em pedaços, queimado, e enviado a várias áreas. Práticas
semelhantes são mencionadas até mesmo na Biblia (Juízes l9:29; l Samuel
ll:7). Após a sua morte, que foi grandemente pranteada pelo povo da
Babilônia, sua esposa Semiramis reinvindicou que ele agora era o
deus-sol. Mais tarde, quando deu à luz a seu filho Tamuz reinvindicou
que este filho Tamuz era seu herói Nimrode renascido.
A mãe de Tamuz havia provavelmente escutado a profecia do Messias que
viria a ser nascido de uma mulher, pois esta verdade era conhecida desde
os tempos mais primevos (Gn. 3:l5). Ela reinvindicou que seu filho fôra
concebido de maneira sobrenatural e que era a semente prometida, o
“salvador". Na religião que se originou dai, contudo, não somente o
filho foi adorado, mas a mãe também passou a ser adorada!
A maior parte do culto babilônico era levado a efeito através de
símbolos misteriosos - era uma religiãode “mistérios". O bezerro de
ouro, por exemplo, era um símbolo de Tamuz, filho do deus-sol. Uma vez
que Nimrode era acreditado ser o deus-sol ou Baal, o fogo era
considerado como sua representação terrestre. Assim sendo, como veremos,
velas e fogos rituais eram acesos em sua honra. Em outras formas,
Nimrode era simbolizado por imagens do sol, peixes, árvores, obeliscos e
animais.
Séculos mais tarde, Paulo deu uma descrição que se adapta perfeitamente
ao que o povo da Babilônia seguiu: “Quando conheceram a Deus, não o
glorificaram como Deus ... mas tornaram-se vãos em suas imaginações, e
seu coração enlouquecido se obscureceu. Professando ser sábios,
tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em uma
IMAGEM feita à semelhança do homem corruptível, e a aves, e a bestas
quadrúpedes, e coisas que se arrastam ... mudaram a verdade de Deus em
mentira, e adoraram e serviram a CRIATURA mais do que ao CRIADOR ... por
esta causa Deus os entregou a vis afeições.” (Rm. l:2l-26).
Este sistema de idolatria espalhou-se da Babilônia para as nações, pois
foi desta localização que os homens foram espalhados por sobre a face da
terra (Gn. ll:9). Enquanto saíam da Babilônia, levavam consigo seu
culto da mãe e do filho, e os vários símbolos misteriosos com ele.
a Babilônia foi a fonte primitiva de onde todos os sistemas de idolatria floresceram.
o sistema religioso do Egito derivou-se da Asia e do “primitivo império de Babel
Quando Roma tornou-se império mundial, é fato conhecido que ela
assimilou dentro do seu sistema os deuses e religiões dos vários países
pagãos que dominava! Desde que a Babilônia era a fonte de paganismo
desses paises, podemos ver como a religião primitiva da Roma pagã não
era outra senão o culto babilônico que havia se desenvolvido e tomado
várias formas e nomes diferentes nos paises para os quais foram.
Conservando isto em mente, notamos que foi durante este tempo - quando
Roma dominava o mundo - que o verdadeiro Salvador, Jesus Cristo, nasceu,
viveu entre os homens, morreu e ressuscitou. Ele subiu aos céus, enviou
o Espírito Santo, e a igreja do Novo Testamento foi estabelecida na
terra. Que dias gloriosos!
A pessoa só tem que ler o livro de Atos para ver como Deus abençoou seu
povo naqueles dias. Multidões foram acrescentadas à igreja - a
verdadeira igreja. Grandes sinais e maravilhas foram realizados,
enquanto Deus confirmava sua Palavra com sinais que se seguiam. O
verdadeiro Cristianismo, ungido pelo Espírito Santo, varreu o mundo como
um fogo na pradaria. Ele circundoú as montanhas e cruzou os oceanos.
Fez reis tremerem e tiranos temerem. Foi dito daqueles cristãos
primitivos que eles haviam transtornado o mundo! - tão poderosos foram
sua mensagem e seu espírito
Antes de anos demais terem passado, contudo, os homens começaram a se
estabelecer a sí mesmos como “senhores” sobre o povo de Deus no lugar do
Espírito Santo. Em lugar de conquistar por meios espirituais e pela
verdade - como nos dias primitivos - os homens começaram a substituir
suas idéias e seus métodos.
Tentativas de fundirem o paganismo com o cristianismo estavam sendo
feitas até mesmo nos dias quando nosso Novo Testamento estava sendo
escrito, pois Paulo mencionou que “o mistério da iniquidade” já estava
operando, avisou que viria uma “apostasia” e alguns “deixariam a fé,
dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios” - as
doutrinas camufladas dos pagãos (II Ts. 2: 3,7;
I Tm. 4: 2). Pelo tempo que Judas escreveu o livro que traz seu nome,
foi necessário para ele exortar o povo a “contender diligentemente pela
fé que UMA VEZ foi entregue aos santos”, pois certos homens haviam se
introduzido que estavam tentando substituir coisas que não eram de forma
alguma parte da fé original (Judas l:3,4).
O cristianismo ficou face a face com o paganismo babilônico nas suas
várias formas as quais tinham sido estabelecidas no lmpério Romano. Os
cristãos primitivos recusavam-se a ter algo a ver com seus costumes e
crenças. Resultou muita perseguição. Muitos cristãos foram falsamente
acusados, atirados aos leões, queimados em estacas e torturados e
martirizados de outras maneiras.
Foi quando grandes mudanças começaram a ser feitas. O imperador de Roma
professou conversão ao cristianismo. Ordens imperiais sairam por todo o
império que as perseguições deveriam cessar. Os bispos receberam grandes
honrarias. A igreja começou a receber reconhecimento e poderes
mundanos. Mas, por tudo isto um grande preço teve que ser pago! Muitos
compromissos foram feitos com o paganismo. Em lugar de a igreja ser
separada do mundo, ela se tornou uma parte deste sistema mundano. O
imperador mostrando favor exigiu um lugar de liderança na igreja; pois
no paganismo os imperadores eram tidos como deuses. Dai em diante,
misturas por atacado foram feitas do paganismo com o cristianismo,
especialmente em Roma.
Foi esta mistura que produziu aquele sistema que é conhecido hoje como a Igreja Católica Romana.
Não duvidamos que existissem muitos católicos excelentes, sinceros e
devotos. Não é nossa intenção tratar com leviandade ou ridicularizar
qualquer pessoa de cujas crenças possamos discordar.
Desejamos você seja inspirado a despeito de sua afiliação religiosa - a abandonar as doutrinas
babilônicas e seus conceitos, e buscar um retorno à fé que uma vez foi
entregue aos santos.
Pesquisa Biblica,livro Babiolônia a Religião dos Mistérios ,estudo de pastores homens santos de Deus.
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