quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Responsabilidade do Homem e da Mulher no casamento Pt 06


NÃO DORMIR NO VALE DA DECISÃ




Texto Base: Gn 22.1-5 “Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.”
No mundo dos negócios, temos o conceito de que “vence quem chega primeiro”. E isso já se aplica à nossa vida desde o início, pois apenas um espermatozóide conseguirá fecundar o óvulo, e aquele que chegar primeiro, conseguirá, esse é que vai viver!
Entretanto, precisamos rever nossos conceitos, pois só chega primeiro, aquele que está preparado. Precisamos compreender que nossa vitória não está apenas na corrida, mas nossa vitória já começa na preparação. Hoje vamos aprender que quem vence é aquele que se prepara primeiro, e isso foi o que Abraão viveu. Isso é não dormir no Vale da Decisão!
COMO SATANÁS TENTA NOS FAZER “DORMIR NO PONTO”
·         · TIRANDO O NOSSO FOCO;
·         · ROUBANDO A NOSSA DISPOSIÇÃO;
·         · DESFIGURANDO O NOSSO CARÁTER;
PARA NÃO DORMIR NO VALE DA DECISÃO É PRECISO:
1) ENTENDIMENTO ESPIRITUAL
O texto começa falando de “Depois destas coisas...” Que coisas? Ora, Abraão estava vivendo o maior tempo de prosperidade da sua vida! Nascera Isaque, tinha o reconhecimento dos seus concorrentes (Abimeleque e Ficol – vs. 22). Entretanto, foi nesse tempo que o Senhor lhe imprimiu a maior prova da sua vida – lhe pediu seu filho. ENTENDIMENTO ESPIRITUAL É SABER QUE DEUS NOS PROVA! Por isso, não entre em parafuso, mas abra-se para compreender que nem tudo é natural e é no mundo espiritual que as coisas acontecem!
2) SABER O TEMPO EXATO – (Revelação)
É fundamental estar no “timing” – escolha do tempo mais adequado - de Deus. Abraão estava no tempo certo do anjo.

3) PRONTIDÃO
Deus chama a Abraão e a resposta é imediata - “Eis-me aqui!” A vitória é de quem está pronto. Vemos muitas pessoas que não vivem sua vitória, por falharem nesse quesito. O dicionário nos fala que prontidão é facilidade de execução. Eu não posso ter obstáculos ou resistências para realizar o que me vier às mãos.
4) OBEDIÊNCIA IRRESTRITA
Deus é claro quando pede Isaque a Abraão “Teu filho, teu único filho, a quem tanto amas...” Mas mesmo assim Abraão poderia questionar e tentar não obedecer, argumentando com Deus! Afinal Isaque, era sua promessa, dada pelo próprio Deus, e sacrifícios de crianças eram coisas de deuses pagãos!! Mas obediência é a chave do milagre. O mundo profissional carece hoje obediência, porque Satanás descaracteriza a obediência no nível natural, fazendo com que o homem não possa obedecer a Deus.
5) SER PIONEIRO
Pioneirismo é sair na frente. Seja o primeiro, para alcançar o melhor lugar. Abraão levantou-se de madrugada, mesmo diante da mais difícil decisão da sua vida. Não fique adiando, procrastinando situações, mas “levante-se de madrugada”. Seja o primeiro a realizar!
6) ESTAR PREPARADO
Abraão preparou o seu jumento, levou consigo servos, tomou a lenha e foi para Moriá. Preparar-se é planejar. E quem planeja, não é pego desprevenido, mas está pronto para vencer a prova!
QUANDO NÃO DURMO NO VALE DA DECISÃO, EU:
·         · SOU APROVADO – (CERTIFICAÇÃO);
·         · CHEGO SEMPRE NA FRENTE – (VANGUARDA);
·         · SOU HONRADO DIANTE DOS MEUS COLABORADORES – (RECONEHCIMENTO);
·         · TENHO O SUPRIMENTO SOBRENATURAL - (MATÉRIA PRIMA E RECURSOS);
·         · ANDO NA MESMA “PEGADA” DE DEUS - ELE NÃO DORME JAMAIS !
SL 121.3-4 “Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará. Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel!”

Eternos Amigos - Anjos de Resgate

terça-feira, 7 de junho de 2011

O QUE É TENTAÇÃO





Assunto: Tentação é tudo aquilo que pode fazer mal, prejudicar a pessoa ou o seu caráter.
Foi isso que Lúcifer praticou para roubar o bem maior da Criação de Deus, os seres humanos, com sua imagem e semelhança, alma, e espírito, com sabedoria e inteligência.
Os anjos foram feitos servos, não tendo corpo físico, carne e sangue são espíritos e não poderiam multiplicar e nem encher a Terra.
Marcos. 12:25 – Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.
Portanto, Satanás não pode reinar sem os seres humanos na Terra. Os  anjos caídos pela rebelião de Lúcifer (demônios) precisam de corpos físicos, de carne e sangue, para praticar o reino da maldade. O homem e a mulher são seus emissários nesta Terra.
Tiago. 1:12 – Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem.
Como dissemos em outros estudos que, ser tentado não é pecado, mas a prática, o ato, o pensamento dá asas ao pecado, enche o coração de desejos pecaminosos.
Não é porque a Palavra diz que é bem -aventurado passar por várias tentações para depois de ser aprovado, ganhar a Coroa de Glória. Devemos enfrentar a tentação? Não!!!  Mil vezes não!!!
A Palavra de Deus nos adverte: para fugir da tentação, para não pecar.
Fugi das tentações também não é um ato de covardia, mas de prudência e sabedoria, sempre vigiando para não se envolver coma tentação.
No caso de resistir a tentação, deve-se conservar um espírito fortalecido com orações a Deus, agradecimentos e súplicas ao Senhor Jesus Cristo, para que se fortaleça na Graça e no Espírito. Não somente ouvintes da Palavra, que nos alerta, mas sejamos perseverantes e confiantes na Palavra de Deus.
Pois aqueles que duvidam da Palavra, tentam a Deus. Por causa da incredulidade do homem, muitos morreram no deserto.
Apocalipse. 3:10 – Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
A fé é a confiança que depositamos na Palavra de Deus. Confiando dignamente, ser leal, honrado e seguro. Isto é qualidade da fidelidade permanente sem mudança na mente. Mesmo enfrentando perseguições e provações temos que sermos fieis ao Senhor.
Perseverante: Paciente, aqueles que sofrem dores físicas e morais, enfermidades na carne, e ofensas à nossa dignidade, e lealdade.
Jó. 1:8 – E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Por tudo que Jô sofreu na carne não sabia que estava na mão de Satanás, não pecou, teve paciência com seus amigos que eram usados pelo inimigo, que lhes ofendia moralmente, e mais pela sua lealdade para com Deus perdoando as ofensas de seus amigos.
2Pedro. 2:7,8- E livrou o justo Ló,(Sobrinho de Abraão) enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (de Sodoma e Gomorra). Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas.
Não blasfemar, nem ofender a santidade, a dignidade, a honra e o poder do seu Criador. Passando pela prova e mostrando-se autêntico e fidedígno em sua fé em Deus.
O que é Provação?
Prova: um teste da nossa intenção ou sentimento para com Deus, um ato de provar nossa fidelidade.
O crente fiel deve enfrentar estas provas com alegria na alma.
Tiago. 1:2 – Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
Para que servem estas provações?
Romanos. 5:3,4,5 – E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Reconhecer a nossa firme dedicação em nossos relacionamentos perfeitos e corretos para com Ele. Para crescermos espiritualmente na fé, amadurecermos na esperança, para nos capacitarmos a olhar além dos nossos problemas presentes, tudo aquilo que o Senhor Jesus, pela sua graça, nos tem guardado para nos presentearmos através do Espírito Santo.
Deus abençoe a todos.

Personalidade Cristã


Texto Base: Dn 1:1-21
 
Introdução: O Diabo é o nosso maior inimigo, por isso precisamos discernir os seus ataques contra a nossa mente e personalidade, para que possamos viver uma vida cristã sadia e abençoada. Ele tenta nos amaldiçoar e nos contaminar com suas oferendas e propostas pecaminosas, mas Deus é poderoso para nos fazer resistir e vencê-lo (Tg 4.7).
 
TRÊS GRANDES DESAFIOS DE DANIEL, MISAEL, ANANIAS, AZARIAS. Dn 1.7
 1-
 O primeiro desafio: a preservação da identidade – Em Babilônia receberam novos nomes, dados pelo rei.
a) Daniel = Deus é meu juiz – Beltessazar = Príncipe de Bel (Baal)
b) Misael = quem é como Deus? – Mesaque = Quem é como Akur? (deus da lua).
c) Ananias = Jeová é misericordioso – Sadraque = O amigo do rei
d) Azarias = Jeová é o meu socorro – Abedenego = Servo de nego (deus mercúrio).
e) Quais os nomes que você tem recebido do inimigo (diabo)? Fracassado, derrotado, infeliz, perdedor?
 2-
 O segundo desafio: Não contaminar-se (At 15.28-29)
a) Não se contaminar com a comida e as iguarias do rei. Dn 1:8
b) As comidas do rei eram comidas consagradas a ídolos, eram imundas.
c) Precisamos tomar cuidado com as comidas do diabo. Gl 5.16-21
d) Você tem vencido os desafios de não se contaminar? Ex. certos programas de televisão, livros e revistas pornográficas, más companhias, mentiras, sensualidade, impurezas, engano, etc.
 3-
 Crer na ação e na proteção de Deus
a) Deus os honrou e os preservou. Dn 1.16
b) Deus os recompensou por sua fidelidade. Dn 1.17
c) Deus os levantou com muita unção e autoridade na Babilônia. Dn 1.19-20
d) Você está disposto a vencer todos os desafios que estão diante de você, crendo que Deus te levantará com grande unção e autoridade?
  

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Oséias 4:6)


O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Oséias 4:6)
Ao longo da Bíblia vemos Deus convocando aqueles a quem escolheu a tomarem decisões. Mais do que um simples concordar ou uma opinião própria, podemos perceber que a Sua vontade e Seu plano foram sendo estabelecidos a partir do momento em que profetas, reis, discípulos, apóstolos e homens comuns compreenderam o poder de mudança nesta palavra {decisão} através de uma equação simples, mas de resultados surpreendentes: conhecimento + posicionamento + ação = sabedoria para cumprir o chamado.
Ainda hoje, todos os dias, à toda hora, como cristãos e como igreja, continuamos a ser convocados a tomar decisões. A questão é: quais critérios estamos utilizando para escolhermos um caminho e, com certeza, afirmarmos que é o correto e que estamos nos movendo dentro do chamado ministerial que nos foi proposto?
Sem exceções, todas as nossas decisões são baseadas em dois critérios: objetivo e subjetivo. O critério objetivo compreende as quantificações, valores mensuráveis e externos ao indivíduo, como informações de conteúdo definido. O critério subjetivo está diretamente relacionado ao nosso lado intuitivo. É o chamado “feeling”, aquela percepção interior que nos dá a sensação de certeza e tem suas raízes em nosso conjunto de valores, em nossa história.
Quando somos questionados por outros, convocados por Deus a tomar decisão, ou nos vemos diante de um problema que exige uma solução imediata, automaticamente nossa capacidade de julgamento – objetiva e subjetiva – é acionada para produzir uma resposta.
Nem sempre, porém, conseguimos utilizar o critério adequado para decidir corretamente. Ou, mais precisamente, não temos a capacidade de equilibrar os argumentos objetivos e subjetivos que pesam contra ou a favor.
Por exemplo: se perguntamos a alguém como vai a sua saúde, quase sempre escutamos uma resposta subjetiva e vaga, baseado naquilo que a pessoa está sentindo ou vivendo no momento, do tipo “vai bem”. Na verdade, essa era a hora de respondermos o mais especificamente possível. Poderíamos dizer: “estou com o colesterol alto” ou, então, “estou carência de cálcio ou vitamina A”. Ou ainda poderíamos devolver a pergunta à pessoa e questioná-la: “sobre qual sistema especificamente você deseja saber? Circulatório, digestivo ou nervoso?” Avaliando desse modo, podemos afirmar que, ao mesmo tempo em que é tão simples também é tão difícil de responder.
Por outro lado, se perguntamos a um pai como vai o seu filho na escola, certamente escutaríamos sobre as notas, o bom comportamento e as disciplinas nas quais ele se destaca. Dificilmente uma pergunta como essa provocaria uma resposta que abordasse se o filho tem bom relacionamento com os colegas, se os professores gostam dele, etc.
Muitas vezes, as decisões da Igreja tem sido assim. Acabam emboladas entre a dimensão do objetivo e subjetivo, produzindo um resultado aquém do esperado. Mas, o mais comum, por falta de objetividade, acaba sendo a tendência a decisões intuitivas em detrimento das racionais.
O que fazer, então, quando nos perguntam “como vai sua Igreja?”
Nenhum dos dois extremos é bom. Nunca devemos utilizar somente o critério intuitivo ou o objetivo/racional. Precisamos responder com dados e fatos, mas respaldados pelo intuitivo e vice-versa.
Para alcançarmos essa maturidade, porém, precisamos aprender a localizar em qual fase nos encontramos e, assim, conseguir emitir um diagnóstico o mais perto possível do real ou, pelo menos, do provável. É possível classificar os estágios da seguinte maneira:
CAOS - são situações que não temos conhecimento necessário para falar sobre elas.
INFORMAÇÃO – conjunto de características, fatos ou rotinas, ainda que desconectos, mas que ajudam a jogar uma luz sobre a situação.
CONHECIMENTO - dados coletados e analisados que geram parâmetros comparativos repetidos.
SABEDORIA - conhecimento acumulado ao longo dos anos da vida que nos capacita a identificar uma situação com certeza.
O problema é que nós, que dirigimos ou participamos da direção das igrejas, geralmente queremos entrar direto na sabedoria e no conhecimento sem a base de informação. Pense bem e pelo menos você vai se lembrar de um exemplo de igreja que quis sair do caos pulando degraus direto para a sabedoria.
Quando nos perguntam “Como vai sua Igreja?”, para responder é preciso utilizar critérios diferentes. Uma Igreja não cumpre seu chamado apenas pelo crescimento numérico. Não podemos analisar apenas quantos novos membros entraram em um ano, mas também quantos saíram. Você saberia responder, por exemplo, se os membros de sua congregação possuem:
  • comprometimento com a visão;
  • maturidade espiritual;
  • relacionamento mútuo;
  • vitórias no caminhar com Cristo?
Para se utilizar esses critérios é preciso levantamentos e pesquisas que gerem conhecimento mais consistente. É hora de nos aprofundarmos mais nas nossas situações através de fatos e dados que nos façam enxergar a realidade em toda a sua complexidade e não isoladamente. A própria Palavra de Deus nos alerta quanto a esse respeito. Em Oséias 4:6 lemos: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.”
À medida que conquistarmos esse conhecimento e a conseqüente sabedoria – sempre atestada pela Palavra e confirmação do Espírito Santo -, teremos maturidade para tomarmos decisões melhores.
Para chegarmos nesse nível é necessário pensar em critérios que produzam um diagnóstico preciso. Entre as ferramentas que nos auxiliam em tal tarefa, podemos citar pesquisas, levantamentos, relatórios, medições específicas, contínuas e abrangentes que vão fugir da visão restrita e numérica dos membros.
Assim, quando alguém nos perguntar outra vez “como vai a sua Igreja”, poderemos devolver-lhe a questão e indagá-lo: “Especificamente sobre qual área ou ministério o irmão deseja saber?” Mais ainda: poderemos testemunhar das escolhas que temos feito em Jesus e que têm produzido crescimento qualitativo e, acima de tudo, a confirmação do cumprimento do nosso chamado.

Turbulência

Foi ali no cenáculo que Jesus falou aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração” (Jo 14.1). Outras versões dizem: “Não se perturbe o vosso coração”. A Bíblia na Linguagem de Hoje registra: “Não fiquem tristes e preocupados”. A paráfrase da Bíblia Viva afirma: “Que os corações de vocês não fiquem aflitos”.

Embora menos usado, o verbo turbar parece ser mais próprio que o verbo perturbar. Turbar significa revolver, agitar, transtornar, inquietar, desassossegar, sentir grande comoção, abalar-se, tornar-se sombrio. E é tudo isso que Jesus está pedindo aos seus discípulos para não fazer.

O momento era muito próprio para um conselho desta natureza. Estavam todos perplexos com a revelação de que um dos doze estava traindo a Jesus e que esse apóstolo era Judas, cujo verdadeiro caráter ninguém conhecia até então. Estavam todos perplexos porque Jesus havia revelado que logo Pedro o negaria três vezes ainda naquela noite. Estavam todos perplexos porque Jesus lhes havia asseverado: “Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mt 26.31).

O pior, porém, estava para acontecer em seguida. Aquele que operava sinais extraordinários, que havia transformado água em vinho, que havia multiplicado pães e peixes, que havia acalmado o vento e as ondas do mar, aquele que curava toda sorte de enfermidade, que ressuscitava mortos, chamava de hipócritas os escribas e fariseus, pregava com autoridade, perdoava pecados, se aproximava de publicanos e pecadores, se apresentava como o enviado de Deus, aquele que escapou de ser preso e morto inúmeras vezes — seria entregue nas mãos dos homens para ser preso, zombado, espancado, humilhado e morto naquele mesmo dia.
 

Na mente ainda tacanha e incrédula dos discípulos, isso interromperia o ministério triunfante de Jesus. Eles não estavam levando em consideração a ressurreição do Mestre ao terceiro dia, tantas vezes anunciada pelo próprio Senhor. Era essa omissão que tornava aquele período de turbulência extremamente difícil. Três dias depois, o Senhor ressuscitou, como havia dito, e aquela turbulência acabou.