quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Carregando Bagagens na Mente


Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos foram livres dos cestos. (Salmos 81.6)

Preâmbulo: Falaremos hoje de Bagagens que podem atrapalhar a vida cristã, por menor que seja não são bagagens físicas, tangíveis, mas mentais. Um tipo de bagagem estranha encontrada na Bíblia é a de Moises que transportou entre suas mobílias os ossos de José (Gn 50.25) Moises carregou esses ossos por 40 anos (Ex 13.19) e foi sepultado em Siquém (Js 24.32)

I – A BAGAGEM DE MOISES – OSSOS DE JOSE

1. Jose morreu no Egito aos 110 anos de vida, como governador teve acendido a ser embalsamado, seu corpo foi feito uma múmia e colocado num sarcófago. Ele havia pedido para que seus ossos fossem levados do Egito

2. Uma questão de fé: Para o autor aos hebreus foi uma atitude de fé de José pedir para que seus ossos fossem levados do Egito a Canaã. (Hb 11.22) Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.

3. Os incômodos que isso poderia gerar: Não era um objeto de adorno, nem de utilidade como um utensílio.

4. Quarenta mudanças: Israel se mudou 40 vezes em 40 anos de peregrinação. (Números 33) Imagina todas essas mudanças, não podiam esquecer dos ossos de José.

5. O perigo de se idolatrar esses ossos: Prestar culto, receber algum favor desses ossos. Hoje com certeza algum ministério faria replicas em miniatura para amuleto cristão.

6. Lembrança diária de uma morte: Temos em Cristo Jesus estar livre dos Lutos e do espírito angustiado. (Is 61.3) A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado...

7. A serpente de bronze: No mesmo deserto por onde peregrinaram os israelitas, Moises levantou uma serpente de bronze e esta veio se transformar em objeto de culto. (2 Rs 18.4) Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã.

II - A BAGAGEM DO PEREGRINO – FARDOS DE PECADO

1. O livro O Peregrino: Viagem do Cristão da Cidade da Destruição para a Jerusalém Celestial é um livro escrito por John Bunyan e publicado na Inglaterra em 1687. O livro é uma alegoria da vida cristã.

2. O jovem peregrino é chamado Cristão, esse personagem carrega um fardo uma bagagem nas costas, ele deseja se ver livre, segue sua jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista, pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todos os personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos como: Hipocrisia, Boa-Vontade, Senhor Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.

3. No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se. O protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no companheiro de viagem Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opõem à busca dos dois peregrinos. Contudo, Cristão acha um outro companheiro, chamado Esperançoso, que mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao destino almejado.

III - DEUS NOS LIBERA DE TODA CARGA

1. Deus literalmente tirou a carga de Israel: (Sl 81.6) Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos foram livres dos cestos. Eles trabalhavam como escravo construindo tijolos com barro e palha. (Ex 5.7-18) (Ex 6.6) Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com grandes juízos.

2. Deus nos carrega de benefícios: (Sl 68.19) Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos carrega de benefícios; o Deus que é a nossa salvação.

3. Jesus falou em Jugo e Fardo: Esse Jugo e esse Fardo, não é a bagagem do pecado, senão o Compromisso (Mt 11.30) Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

4. Jesus falou na cruz de cada dia: Não falou de levar um crucifixo, mas as dificuldades. (Mt 16.24) Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Levar a Cruz não é fazer penitencias: Sofrimentos, torturas, em nome da fé. Veja o paradoxo nas casas que se vendem santos, se pode encontrar a imagem de Buda bem gordo e a imagem Cristo desfigurado, raquítico, coroado ainda de espinho, longe da imagem gloriosa que viu João. (Ap 1.13-17)

5. Bagagens modernas: As bagagens modernas que ainda levam a humanidade são espirituais, sentimentais, imaginarias. Ansiedades, Medo, Traumas, Lembranças, Lutos.

IV - A BAGAGEM DO PECADO O QUE GERA NO SER HUMANO

1. O pecado gera peso: Já a Salvação gera alivio: (Mt 11.28) Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

2. O pecado gera escuridão: Já a Salvação gera claridade. (Is 9.2) O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.

3. O pecado gera prisão: Já a Salvação gera liberdade. (Rm 6.18) libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rm 6.22) libertados do pecado, e feitos servos de Deus.

4. O pecado cobra salário: (Rm 6.23) Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

5. Quer conhecer a descrição de um fardo? (Sl 38.2-13) Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas iniqüidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças. As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha loucura. Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia. Porque as minhas ilhargas estão cheias de ardor, e não há coisa sã na minha carne. Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu coração. Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto. O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou. Os meus amigos e os meus companheiros estão ao longe da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância. Também os que buscam a minha vida me armam laços e os que procuram o meu mal falam coisas que danificam, e imaginam astúcias todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca
|  Autor: Pr. Teófilo Karkleo